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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança cartilha com orientações de cuidado no uso e manuseio de EPIs

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança nesta segunda-feira (17/5) uma cartilha com foco nos profissionais da saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19. Trata-se de um conjunto de orientações para que médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e equipes de apoio reforcem seus cuidados com o manuseio de equipamentos de proteção individual (EPIs) e com o próprio corpo, evitando-se, assim, o risco de contaminação pelo coronavírus e aumentando a percepção de bem-estar individual. 

O documento, que já se encontra disponível para download no site da SBD, será encaminhado para todos os conselhos profissionais e sociedades de especialistas para que façam a distribuição entre seus membros. Por uma questão de agilidade e economia, optou-se pela divulgação do trabalho em formato digital, o que permitirá que mesmo por plataformas de troca de mensagens chegue às equipes que estão nos serviços de saúde. 

Acesse a íntegra da cartilha da SBD

O texto apresenta uma série de recomendações e ações preventivas para médicos e trabalhadores da saúde no que se refere ao uso adequado de máscaras e óculos de proteção, entre outros. Também destaca cuidados que cada profissional deve adotar para evitar a contaminação pelo coronavírus e para preservar a pele, cabelos e unhas de desgastes devidos ao uso recorrente de EPIs e mesmo de produtos de higiene e limpeza.

Números – A iniciativa da SBD tem pertinência no contexto de aumento significativo do número de contaminados pelo novo coronavírus nas equipes. Dados do Ministério da Saúde, anunciados na quinta-feira (14/5), informavam a existência de 31.790 profissionais de saúde infectados. Além deles, 114.301 testes para a doença aguardavam resultados. 

O levantamento tem sido feito por meio de um sistema específico, em que as unidades de saúde, notificam casos de profissionais com quaisquer sintomas de gripe. De acordo com os registros, técnicos e auxiliares de enfermagem lideram a lista das categorias com mais contaminados (68.250). Em seguida, aparecem enfermeiros, 33.733; médicos, 26.546; recepcionistas, 8.610; outros agentes de saúde, 5.013; agentes comunitários, 4.917, entre outras profissões.

São Paulo, epicentro da doença no país, está no topo da lista de estados com mais profissionais com suspeita (65.507) e infectados (14.831). No Rio de Janeiro, há 29.413 casos em investigação e 4.451 confirmados. Além dos times em atuação, o Ministério da Saúde informa que o programa Brasil Conta Comigo, que capacita profissionais para o enfrentamento à pandemia e identifica voluntários para irem a campo, já recebeu cerca de 500 mil inscrições das 14 áreas da saúde. Dentre eles, estão cerca de 30 mil médicos. 

Rotinas – As orientações – elaboradas pelo coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, Paulo Ricardo Criado – são úteis na medida em que ajudam médicos e outros profissionais da saúde a incorporarem em suas rotinas atitudes que estimulam o autocuidado, amplificam a percepção de conforto e evitam o surgimento de sinais e sintomas indesejados, além de reforçar a prevenção contra a Covid-19. Com o documento, a SBD se solidariza com as equipes, oferecendo-lhes informação e compartilhando conhecimento, destaca o autor.

“As sugestões englobam questões relacionadas à higiene pessoal, como o uso de aplicação de álcool em gel (65%-70%) nas mãos. Também são reforçadas recomendações sobre a etiqueta adequada ao espirrar ou tossir (colocar a parte interna do cotovelo ou um tecido na frente das vias aéreas – nariz e boca) e sobre a necessidade de manter distância de pelo menos de um metro de pessoas com sintomas respiratórios”, destacou Cláudia Alcantara, secretária da SBD, que acompanhou a elaboração do documento. 

De modo específico, aos profissionais que trabalham na linha de frente de combate à Covid-19, a SBD recomenda que o uso das máscaras deve ser precedido de cuidados na hora de colocá-las. O artigo adverte ainda que o uso de máscaras do tipo N95 ou FFP2 por períodos maiores que quatro horas pode causar desconforto e deve ser evitado. 

Pesquisas realizadas na China mostram que médicos e profissionais da saúde relatam sintomas como queimação, prurido ou pinicação na pele após o uso prolongado de EPI, no contexto de combate à Covid-19. Os padrões mais relatados de erupções foram ressecamento da pele ou descamação, pápulas e eritema (vermelhidão), além de maceração.

Cuidados específicos – Para reduzir o desgaste decorrente do uso de EPIs e de álcool na desinfecção das mãos, a SBD sugere que os profissionais façam, por exemplo, a aplicação de cremes específicos após cada higienização. Em caso de permanecer com luvas por tempo prolongado, deve-se aplicar emolientes contendo ácido hialurônico, ceramida, vitamina E ou outros ingredientes reparadores. 

Com relação ao uso de máscaras faciais e óculos de proteção por tempo prolongado, sugere-se a aplicação de hidratantes, loções cremosas, cremes em peles secas ou géis em peles acneicas ou oleosas antes de colocar o EPI. “Milhares de médicos e demais profissionais da saúde estarão diretamente envolvidos no atendimento das vítimas de Covid-19. Cuidar para que esse grupo saiba como se proteger e ter maior bem-estar é fundamental. Com esse documento, que faremos chegar aos nossos colegas de todo o país, a SBD reforça seu papel nesta batalha contra o coronavírus”, disse o presidente da SBD, Sérgio Palma.

FONTE:
http://www.sbd.org.br/COVID19/para-ajudar-a-linha-de-frente-contra-a-covid-19-dermatologistas-lancam-cartilha-com-orientacoes-de-cuidado-no-uso-e-manuseio-de-epis/

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